Civilização Assíria


Localizados na região mesopotâmica, os assírios constituem uma das várias civilizações que aparecem entre os rios Tigre e Eufrates. A formação desse império aconteceu graças ao amplo desenvolvimento de uma cultura visivelmente voltada para a guerra. Saque, destruição e massacre eram táticas comuns que asseguravam a supremacia dos assírios contra os outros povos guerreiros da região.

Mesopotâmia é o nome que os antigos gregos deram a toda a região em que surgiram esses países, incluindo a Assíria. As cidades mais importantes da Assíria, todas situadas no território do atual Iraque, eram Assur, atualmente Sharqat; Nínive, da qual os únicos vestígios que indicam sua localização são dois grandes tells (colinas formadas sobre ruínas), Quyunyik e Nabi Yunas; Calach, hoje Nimrud, e Dur Sharrukin, atualmente Jursabad (Jorsabad).


A literatura assíria era praticamente idêntica à babilônica, e os reis assírios mais cultos, principalmente Assurbanipal, se gabavam de armazenar em suas bibliotecas cópias de documentos literários babilônicos. A vida social ou familiar, os costumes matrimoniais e as leis de propriedade também eram muito parecidas. E as práticas e crenças religiosas, muito semelhantes às da Babilônia, inclusive o deus nacional assírio, Assur, foi substituído pelo deus babilônio Marduk. A principal contribuição cultural assíria ocorreu no campo da arte e da arquitetura.

Segundo os descobrimentos arqueológicos, a Assíria foi habitada desde o início da era paleolítica. Apesar disso, a vida sedentária não teve origem nessa região, até cerca de 6500 a.C. O fim do Império Assírio ocorreu no ano de 612 a.C., quando o exército, comandado por seu último rei, Assur-Uballit II (612-609 a.C.), foi derrotado pelos medas em Harran.

Ao longo de sua história, o poder da Assíria dependeu quase que inteiramente de sua força militar. O rei era o comandante-em-chefe do exército e dirigia suas campanhas. Embora em teoria fosse monarca absoluto, na realidade os nobres e cortesãos que o rodeavam, assim como os governadores que nomeava para administrar as terras conquistadas, tomavam frequentemente decisões em seu nome. As ambições e intrigas foram uma ameaça constante para a vida do governante assírio. Essa debilidade central na organização e na administração do Império Assírio foi responsável por sua desintegração e colapso.

Cultura e Costumes

A cultura assíria assemelhava-se à babilónica. À excepção dos anais reais, por exemplo, a literatura assíria era idêntica à da Babilónia e os reis assírios mais cultos, sobretudo Assurbanipal, encheram as suas bibliotecas com cópias de documentos literários babilónicos. A vida social, familiar, o casamentos, os costumes e as leis relativas à propriedade eram igualmente semelhantes às da Babilónia. Os documentos da Corte e registos legais até agora encontrados partilham muito da lei babilónia e Suméria, embora as penalidades criminais assírias fossem mais brutais e bárbaras.

A nível de práticas e crenças religiosas, verifica-se que o deus Marduk babilónico foi substituído pelo deus assírio nacional, Ashur. Os maiores legados assírios situam-se no campo da arte e da arquitectura.
No 3º milénio a.C. a Assíria, tal como a maior parte do Médio Oriente, ficou sob a influência da civilização Suméria, do Sul- por volta de 2300 a.C., fazia parte do império da Suméria e da Acádia. Na sequência do colapso deste império, c. de 2000 a.C., os Amoritas (um povo nómada semítico, do deserto arábico) infiltraram-se e conquistaram grande parte da Mesoptâmia, incluindo a Assíria. Cerca de 1850 a.C., os mercadores assírios tinham colonizado partes da Anatólia Central (Ásia Menor), onde comerciavam cobre, prata, ouro, latão e têxteis.

Conclusão
O povo assírio viveu na antiga Mesopotâmia, região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates. Sua capital, nos anos mais prósperos, foi Nínive, numa região que hoje pertence ao Iraque. O Império assírio abrange o período de 1700 a 610 a.C. , mais de mil anos.


Os assírios eram ferozes guerreiros e usavam sua grande força militar para expandir seu Império. Libertando-se dos sumérios, conquistaram grande parte do seu território, mas logo caíram em poder dos babilônios, um povo que morava ao Sul da Mesopotâmia. Em 1240 a.C, empreenderam a conquista da Babilônia, e a partir daí começaram a alargar as fronteiras do seu Império até atingirem o Egito, no norte da África. O Império Assírio conheceu seu período de maior glória e prosperidade durante o reinado de Assurbanipal (até 630 a.C). Cobravam pesados impostos dos povos vencidos, o que os levava a revoltarem-se continuamente.

Ainda no reinado de Assurbanipal, já os babilônios se libertaram (em 626 a.C.) e capturaram Ninive. Com a morte de Assurbanipal, a decadência do Império Assírio se acentuou, e em 610 a.C. a última de suas cidades caiu em poder dos invasores.

A escrita dos assírios constituía-se de pequenas cunhas feitas com um estilete em tabuletas de argila — é a chamada escrita cuneiforme. Descobriram-se milhares de tabule­tas na biblioteca de Assurbanipal em Ninive, conhecendo-se grande parte da história do Império Assírio a partir de sua leitura.
Os palácios de Nínive são cobertos de es­culturas em baixo-relevo, representando cenas de batalha e da vida dos assírios. Também por eles sabemos muito da história desse grande Império do passado



Bibliografia:
historiadomundo.com.br
g-sat.net
tg3.com.br
fehet.blogspot.com