O complexo Abu Simbel


O complexo de Abu Simbel está localizado no Egito, próximo à fronteira com o Sudão – antigo território da Núbia -, na margem ocidental do Nilo, e foi construído durante o reinado do faraó Ramsés II, que governou no séc. XIII a.C. e foi um dos faraós da XIX dinastia. Arqueólogos estimam que a construção começou no ano de 1284 a.C. e terminou uns 20 anos mais tarde.



O templo maior, à esquerda da foto, é dedicado a Ramsés II e os deuses Ra, Ptah e Amon, e o menor, à direita, dedicado à deusa Hathor, personificada na esposa de Ramsés II, Nefertari.
Ramsés II construiu diversos templos ao longo das margens do Nilo, não só para mostrar aos povos vizinhos a grandiosidade do Egito, mas também para diminuir os problemas causados por um de seus antecessores, Akhenaton, que entrou para a História ao tentar unificar o culto dos egípcios ao sugerir a adoração ao único deus, Aton, representado pelo círculo solar.Não deu certo, pois os egípcios na Antiguidade eram politeístas.


As construções dos templos na região próxima à Núbia também tinham como objetivo demonstrar o poder do faraó sobre aquele território, já que a Núbia tinha sido anexada ao Egito tempos antes.


Com o tempo os templos ficaram cobertos de areia e sua localização, prejudicada. Só em 1813 que um suíço, o sr. Jean-Louis Burkhardt, descobriu o topo do templo, mas não encontrou a entrada.


Burkhardt passou então a informação ao explorador italiano Giovanni Belzoni, que em 1817 foi até a região, encontrou a entrada do templo e SAQUEOU tudo que conseguiu carregar.


Na década de 1950, sob o governo de Gamal Abdel Nasser, os egípcios anunciaram a construção da represa de Assuã, e o lago que seria criado inundaria o complexo de Abu Simbel. A UNESCO, em 1959, começou uma campanha para salvar os monumentos.


Mas como levar toneladas de pedras já lapidadas para outro lugar? Pois os egípcios, na Antiguidade, arrastavam as pedras em um grande esforço de parte da população e dos escravos até o local, e muitas pedras eram lapidadas no local, antes de serem encaixadas em seus respectivos locais. Neste caso, os monumentos já estavam prontos. Qualquer descuido poderia quebrar partes das estátuas e dos painéis internos.


Salvando os Monumentos


Uma equipe de arqueólogos e engenheiros trabalharam incessantemente por 5 anos. Entre 1963 e 1968 os dois templos do complexo foram cortados em várias partes e transportados para um local 61 metros acima da posição original. Não apenas as grandiosas estátuas, mas o interior dos templos também foram realocados.


Foi um trabalho sensacional de engenharia e arqueologia! E não só os templos de Abu Simbel foram realocados, como também outros templos que estavam na área que seria alagada pelas águas da represa de Assuã também receberam atenção da equipe responsável pelo transporte dos templos.




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