Fernão Lopes (1378 — 1459) foi funcionário do paço e notário, nomeado cronista pelo rei Duarte de portugal escreveu as crônicas dos reis D. Pedro I, D. Fernando e D. João
Do ponto de vista da forma, o seu estilo representa uma literatura de expressão oral e de raiz popular. Ele próprio diz que nas suas páginas não se encontra a formosura das palavras, mas a nudez da verdade. Era um autodidacta. Foi um dos legítimos representantes do saber popular, mas já no seu tempo um novo tipo de saber começava a surgir: de cunho erudito-acadêmico, humanista.
Igual a maioria dos autores dessa época, pouco se sabe sobre a vida de Fernão Lopes. Acredita-se que ele tenha nascido por volta de 1380.
Considerado o criador da historiografia em Portugal foi nomeado, em 1418, o guardador-mor da Torre do Tombo, onde são guardados os documentos históricos do país. Em 1434, foi promovido a cronista-mor, passando a escrever a história dos reis de Portugal.
Apesar de ter que centralizar a sua crônica na família real, teve o mérito de investigar as relações sociais que movimentavam o país, além de captar o sentimento coletivo do povo português.
Devido ao posto que ocupava na Torre do Tombo, pode fundamentar suas idéias com documentos escritos, o que se constitui numa das bases da historiografia moderna. Em 1454, por estar muito velho e fraco, foi substituído por Gomes Eanes de Azurara.
A data de falecimento de Fernão Lopes também é desconhecida, acredita-se que tenha ocorrido por volta de 1460.